segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Santo do dia

São Pio de Pietrelcina 

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.
Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.
Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.
Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.
Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.
Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.
Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”.
Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.
Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.
Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.
Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.
Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.
Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!


Homilia Diária

A chama da sua fé se apagou?

Muitos que deixaram a lâmpada da fé se apagar foi porque não a viveram com convicção. Que o Senhor acenda, em nossos corações, essa chama que é a nossa fé.
“Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama” (Lc 8,16a).
A Palavra de Deus nos convida a colocarmos a nossa luz para que todas a vejam. E que luz é essa? A luz divina, acessa em nossos corações, a luz do Senhor que brilha em nós, a luz do nosso batismo.
Aquela vela acessa, do Círio Pascal, foi incendiada dentro da nossa alma, e uma vez que nós a escondemos, uma vez que colocamos a luz debaixo da cama, da mesa ou em qualquer lugar, ela vai perdendo o seu brilho, vai se ofuscando até o ponto de se apagar.
Quantas luzes se apagaram! Quantas pessoas já testemunhavam o Senhor e, por descuido, essa luz se apagou, essa chama deixou de brilhar! Quantos de nós, que estamos no caminho do Senhor e procuramos segui-lo, deixamos a nossa chama da fé escondida!
Meus irmãos, nós não podemos ter vergonha daqueles de quem nos tornamos seguidores, nós não podemos ter nenhuma vergonha de testemunhar o nosso amor por Jesus Cristo. O problema é que algumas pessoas entendem que “não ter vergonha” é, muitas vezes, cometer atos fanáticos, tentar converter as pessoas à força, não é disto que estamos falando, não!
O nosso testemunho são nossas boas obras, são os frutos do Espírito em nós, é a nossa fé coerente. O nosso testemunho é a nossa luz brilhando nesse mundo, é o nosso amor ao próximo, é a nossa paciência, a nossa responsabilidade social, é a caridade que exercemos para com o outro.
A chama que precisamos deixar acessa e não escondida é testemunharmos que nós cremos em Jesus, que nós temos tempo para orar, para ir à casa do Senhor, que não nos envergonhamos de dedicar parte do nosso tempo a Deus, ao Evangelho, à fé, àquilo que nós cremos e acreditamos.
Muitos que deixaram a lâmpada da fé se apagar foi porque esconderam, porque não viveram a fé com convicção.
Que o Senhor, hoje, acenda, em nossos corações, essa chama maravilhosa que é a nossa fé. E onde estivermos possamos testemunhar que um Deus vivo, está no meio de nós.
Padre Roger Araújo